Live sobre ‘Assédio moral e sexual no ambiente de trabalho’ promove debates no Grupo Tiradentes

No decorrer da semana, até sexta-feira, acontecerão outros bate papos ao vivo 

Nesta segunda-feira, 08, aconteceu a primeira live do Grupo Tiradentes alusiva à programação do Dia Internacional da Mulher. Colaboradores e convidadas participaram da discussão sobre ‘Assédio moral e sexual no ambiente de trabalho’, que gerou diversos comentários no YouTube, plataforma de transmissão da live. No decorrer da semana, até sexta-feira,12, acontecerão outros bate papos ao vivo

O reitor presidente do Conselho do Grupo Tiradentes, Jouberto Uchôa de Mendonça, fez uma declaração sobre o papel das mulheres na construção do Grupo Tiradentes. “A mulher tem feito a grandeza dessa instituição desde os primeiros atos no tempo de colégio, através de Amélia. Quero agradecer a você, mulher, que faz, contribui, engrandece a instituição, esperando que cada uma na vida particular e profissional tenha imenso sucesso. E que tudo de bom aconteça para que você continue sendo pessoa importante para a família e para o Grupo Tiradentes”, declarou.

De acordo com o presidente do Grupo Tiradentes, Luciano Klima, esta é a primeira empresa em que trabalha e que a maioria dos colaboradores é composta por mulheres. “Tenho aprendido cada dia mais com todas, que são fonte de inspiração. E desejo que o 8 de março não sirva apenas para simbolizar a luta pelas condições justas e igualitárias, como também, e principalmente, para alertar o mundo inteiro que essa luta deve ocorrer também durante todo o ano”, destacou.

A reitora da Universidade Tiradentes Pernambuco e diretora geral da FITS, Vanessa Piasson, afirmou, em vídeo transmitido durante a live, que se orgulha em ter ajudado muita gente a realizar seus sonhos através da Educação. “Assinei quase 10 mil diplomas e certificados e entreguei à sociedade, através da contribuição do meu trabalho, profissionais melhores qualificados, que com certeza estão melhorando o nosso país. Tenho orgulho de ser mulher nordestina e hoje ser reitora de uma instituição tão importante em Pernambuco”.

Machismo desde a infância

“A visão da mulher como extensão do patrimônio do homem” foi a abordagem da advogada de família e criminalista e presidente da Comissão de Direitos Humanos do Instituto RESSURGIR Sergipe, Valdilene Cruz, que destacou o fato de a cultura da propriedade da mulher iniciar dentro de casa, quando essa escuta de que forma deve se vestir, se sentar, o que fazer e o que falar. Com relação ao ambiente de trabalho, ela levantou uma reflexão sobre a forma como a mulher é vista.

“A primeira visão que se tem da mulher [no ambiente de trabalho] é ‘a flor que veio para enfeitar’, ‘a que veio melhorar o ambiente’. Tem gente que se diz que é solteira, não tem dono. Se é casada, não pode mexer, porque o respeito não está na mulher e sim no dono dela, no marido, no namorado, ou com quem ela está comprometida. É a visão da sociedade de mulher como objeto a bel prazer do homem”, salientou Valdilene.

A vice-governadora de Sergipe, Eliane Aquino, também fez pontuações sobre a questão do machismo ligada à infância e disse que é preciso que haja debates dentro do ambiente escolar, e também dentro de casa. “Somos formadas para sermos a mulher, a dona de casa, a recatada, a que obedece ao marido e não é o que queremos. Queremos companheirismo e espaços de igualdade e de respeito. E que nos ouçam”, afirmou Eliane.

Assédio no trabalho

Há 10 anos dentro da Universidade Tiradentes de Alagoas, a professora doutora do Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Tecnologias e Política Públicas, Vivianny Galvão, falou sobre assédio moral no ambiente de trabalho, que pode ser concebido de forma vertical e/ou horizontal. Segundo ela, a primeira forma está relacionada a quando existe hierarquia entre assediador e assediado. Já a horizontal é quando estão na mesma hierarquia de trabalho.

“Nas minhas pesquisas acabamos identificando que muitas mulheres têm vergonha, medo de fazerem a denúncia e acabam psicossomatizando esse ambiente de violência velada. O assédio moral pode violar a integridade física, mas geralmente viola a moral. É aquela violência difícil de se provar na justiça. É um somatório de situações, é um tipo de violência que se repete”, contou Vivianny.

Já a professora doutora e psicóloga da UNIT Pernambuco, Vladya Lira, abordou o tema masculinidade tóxica e falou sobre a importância de trazermos os homens para discussão dessa e outras questões. “Precisamos trabalhar o sistema, o amparo coletivo. Não dá só para trabalhar a vítima, pois o agressor e a vítima estão juntos. Muito mais que ser punidos, os agressores precisam se responsabilizar e não serem responsabilizados, para compreender o quanto esse sistema é adoecedor para todos nós.”

Comitê de Conduta

O doutor e vice-presidente jurídico do Grupo Tiradentes, Wilson Macedo, também fez parte da roda de conversa e falou sobre a existência do Comitê de Conduta, que funciona há mais de 10 anos, é liderado por uma mulher e está aberto a receber denúncias dos colaboradores, inclusive de forma anônima.

“Já recebemos denúncias de várias tipologias, dentre elas as de assédio moral e sexual. Algumas vezes aconteceram denúncias das próprias vítimas, e, às vezes, das pessoas que estão no entorno. A partir da denúncia, imediatamente buscamos as providências. O posicionamento desta empresa é de, se há indício, ouvimos a vítima. Existe uma preocupação das coordenações de cursos, das pró-reitorias e estamos combatendo [o assédio] de forma severa pelo comitê de conduta e pelos departamentos de recursos humanos locais”, acrescentou Wilson.

Ainda com relação ao assédio, o vice-presidente jurídico destacou que se um(a) colaborador(a) tiver dúvida se o ato está acontecendo, deve procurar o/a gestor(a) e o Departamento de Recursos Humanos. “[A vítima] Não querendo se expor, temos a ouvidoria que segue padrões rígidos conceituais. Todas as manifestações que são feitas pela ouvidoria são sigilosas e confidenciais. Se não quiser se identificar, pode fazer de forma anônima e sempre fazemos essa verificação.”

Programação de lives

Até o dia 12 de março teremos mais lives alusivas ao Dia da Mulher. Confira a programação abaixo:

Terça-feira – 09/03

17h – Projeto Bruxas do Plenário: pela visibilidade da condição feminina dentro da justiça

– Dra. Carla Caroline de Oliveira Silva (defensora pública e discente do Mestrado em Direitos Humanos da Unit)

– Profa. Dra. Grasielle Borges Vieira de Carvalho (docente e pesquisadora do Mestrado em

Direitos Humanos e do Curso de Direito da UNIT/SE)

– Atividade realizada pelo Programa de Pós-graduação em Direitos Humanos da Unit Sergipe

19h – O mito da perfeição da Mulher Moderna

– Liliana Aragão (assistente social, mestra e doutoranda em Sociologia)

– Atividade realizada pelo curso de Serviço Social da Unit Sergipe

Quarta-feira – 10/03

19h – Mulher: Empoderamento x Carga Mental

– Andreza Coutinho Leal (coach e especialista na Saúde do Relacionamento e da Sexualidade)

– Dra. Emília Corrêa (defensora pública aposentada, vereadora e comunicadora de rádio e televisão)

– Dra. Sylvia Oliveira Chagas (advogada, mestre em Direito Sociais e professora universitária)

– Dra. Bruna Menezes Carmo (advogada e especialista em Direito Público, conselheira, ouvidora-geral e vice-presidenta da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da OAB/SE)

– Atividade realizada pelo Programa de Pós-graduação em Direito da Unit Sergipe

Quinta-feira – 11/03

17h – A atuação do Poder Judiciário no combate à violência doméstica por meio da justiça restaurativa

– Dra. Carolina Valões (juíza de Direito de Alagoas e discente do Programa de Pós-graduação em Direitos Humanos da Unit Sergipe)

– Professora Dra. Samyle Regina Matos Oliveira (docente do curso de Direito da Unit Sergipe)

– Atividade realizada pelo Programa de Pós-graduação em Direitos Humanos da Unit Sergipe

19h30 – O empoderamento da mulher gestora

– Flávia Barbosa (professora dos cursos de Gestão da Unit e empresária)

– Marilene Dantas da Cunha (egressa do MBA Gestão de Negócios e Inteligência Competitiva e empresária)

– Mediadora: professora doutora Danielle Thaís B. de Souza Leite (coordenadora da área de Humanas e Sociais Aplicadas)

– Atividade realizada pelos cursos de Pós-Graduação em Gestão

Sexta-feira – 12/03

17h – Mulheres no século XXI – articulação entre Letras, Direito e Psicologia

– Marcela Teti (psicóloga e prof. do curso de Psicologia)

– Flávia Góes (advogada e professora do curso de Direito)

– Sara Rogéria (coordenadora do curso de Letras)

– Atividade realizada pela Faculdade São Luís de França

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